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Ser professor de língua estrangeira tem coisas engraçadas. Além de gostar muito, pois ensino a minha língua e cultura e aprendo imenso, fico perante algumas situações... embaraçosas:
Houve uma aula em que uma aluna entrou com um ar pensativo e com um pedaço de bolo na mão. Ela já estava no nível limiar e, por isso, já conseguia satisfazer as suas necessidades mais importantes.
Antes de começar a aula, veio falar comigo:
"Mário... não percebo o que aconteceu", disse antes de dar a última dentada no bolo.
"Tive fome e fui ao café pedir bolo. Quando pedi, o homem riu-se e disse «é pa já».
"O que é que tu disseste?", perguntei.
"Disse «queria uma queca, se faz favor»"
"Queque..", disse eu
"Queque? Não... eu disse Queca"


Deixei-a comer o resto do bolo, antes de lhe explicar...não fosse ela engasgar-se.
Depois ensinei-lhe outra palavra: corada...
MR


publicado por oplanetalivro às 18:49
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3 comentários:
Já ouvi as histórias dessas.. Por exemplo, para nós "olha" é a pronúncia do diminutivo de Olga. Assim, um rapaz que chegou para Portugal e trabalhou na construção civil escreveu a carta para a família: " Está tudo bem, gosto de Portugal, só que toda a gente chama-me "Olha (Olga)"... Pobre do rapaz...
Anónimo a 19 de Março de 2012 às 12:17

foi uma palavra tive aprender com urgençia - enxaqueca. No hospital, tive dizer esta palavra nova muitas vezes... até a matrona das enfermeiras veio para dizer "não disseste esta palavra na voz alta. És preoccupes os doentes velhotes" :-)
emma a 25 de Junho de 2012 às 14:58

ahahahah. Excelente, Emma.
Mário Rufino a 25 de Junho de 2012 às 15:01

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